Hoje acordei com uma espécie de epifania... Como é que os filhos crescem tão rápido?!
Isto da relatividade do tempo é realmente assustadora, o mais velho nasceu antes de ontem e o mais novo ontem... e agora tenho os dois na escola, um na 3º classe e outro no último ano do pré-escolar.
Começaram hoje ambos, um lado de mim agradece pelo tempo, pelo silêncio e acima de tudo porque sei que eles precisam mesmo disto, de aprender, de meninos das mesmas idades, do recreio, faz parte tudo do processo de crescimento, mas... depois de tê-los comigo, a chamarem "mãeeeeee" 500 vezes por dia, como poderia não estranhar agora que ninguém chama por mim?
Estou a dramatizar é certo, mas no meio disto tudo o que me assusta de verdade é vê-los crescer tão depressa, começarem a ser autónomos, independentes - o que por um lado é fantástico mas por outro me lembra que não são meus, são do mundo, são da vida deles.
Quem é mãe, acho que sente de uma maneira ou outra esta sensação, cortar este cordão umbilical que só nós vemos, de um ser que se desenvolveu dentro de nós, saiu de nós, dependeu tanto de nós... e agora, aos poucos, segue o seu rumo.
Eu avisei que Setembro era o mês que batia forte cá dentro, as mudanças, o constatar que a roupa já não lhes serve, cresceram mesmo! E que abençoado sinal é esse.
Tenho de olhar para os meus cabelos brancos (poucos!!!! ainda...) com gratidão, muita gratidão e tentar acompanhar as minhas crianças o melhor que conseguir, tenham eles 2 meses, 2 anos ou um dia 20 anos. Mas de uma forma ou outra, haverá uma parte, em que serão sempre os meus meninos!
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