Hoje é Dia Internacional da Cobertura Universal de Saúde. Irónico, não é? Todos temos noção de que a Saúde não é um direito a que todos tenhamos acesso, e que estamos, claramente, num retrocesso.
A nivel internacional, são milhões as pessoas que não têm qualquer acesso à saúde. Nos países mais carenciados, este direito não existe, ou não está acessível há maior parte da população. Na maior parte das vezes, os parcos cuidados de saúde que existem, são assegurados por organizações que tentam fornecer o mais básico, a quem nada tem. Excusado será dizer que, em condições tão precárias, e sendo a maior parte destas organizações mantida com poucos fundos e com a boa vontade das pessoas que as constituem, não conseguem que a ajuda chegue a todos.
Em países mais desenvolvidos, mas em que não existem sistemas nacionais de saúde, as populações dependem de seguros e sistemas particulares. Logicamente, apenas quem tem possibilidades financeiras, consegue aceder a estes serviços.
Por cá, todos temos observado o estado em que se encontra o nosso SNS. É muito triste que, num país em grande parte das pessoas não tem condições para aceder a cuidados privados, e que tem um Serviço Nacional de Saúde disponível para cuidar de si, não possa aceder a ele. Muitas são as razões. A falta de recursos humanos, materiais, logisticos e financeiros, o excesso de burocracia, a má gestão e o constante desinvestimento feito a um dos melhores serviços existentes na sociedade portuguesa.
A Saúde, o mais importante, como todos dizemos, não é Universal!
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